Volte ao SPIN

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

O Nascimento de Vênus, de Botticelli ou: Isso não é uma concha

....pode até ser uma concha onde a deusa se apoia.... mas pode ser outra coisa: isso não é uma concha...pode ser um ser do Reino  Fungi: um fungo: mais exatamente um cogumelo: que tal uma releitura ....a propósito, segue post, da pra notar que as crianças foram dirigidas,...o certo não dizer a elas que era concha...



Releitura da obra “O Nascimento de Vênu

Por Mazinha Tristão e Nathalia Peters

Os alunos dos 7os anos, após estudarem o Renascimento nas aulas de história da arte, fizeram uma releitura da obra de Botticelli.

Nesse exercício, eles poderiam interferir livremente, inclusive inserindo elementos que fazem parte do seu cotidiano. Com isso, temos imagens que extrapolam a barreira do tempo e que nos propõe interpretações diversas.

6

2

3

4

5

O olhar dos alunos nos remete a multiplicidade que compõe o momento atual, realidades multifacetadas que representam a essência de nosso tempo, muitas vezes refletindo situações trágicas, em outras, impregnadas de humor e da inocência infantil.

sábado, 15 de setembro de 2018

A verdade saindo do poço

  • magaastrologicaMERCÚRIO ESTÁ EM VIRGEM
    De acordo com uma lenda do século XIX, a verdade e a mentira conheceram-se um dia. A mentira diz à verdade:
    "está muito bonito hoje"

    A verdade olha à volta dela e levanta os olhos para o céu, o dia foi realmente bonito. Passam muito tempo juntos até chegar à frente de um poço. A mentira diz à verdade:
    " a água é muito agradável, vamos tomar banho juntos!" A verdade mais uma vez desconfiada toca na água, ela era realmente agradável. Despem-se e põem-se a nadar.

    De repente, a mentira sai da água, põe as roupas da verdade e foge. A verdade furiosa sai do poço e corre por todo o lado para encontrar a mentira e recuperar as suas roupas. O mundo vendo a verdade toda nua vira o olhar com desprezo e raiva.

sábado, 2 de junho de 2018

Pintura mundial: Quem é Paula Rego?

Oriunda de uma família de tradição republicana e liberal, Paula Rego teve ligações às culturas inglesa e francesa. Iniciou os seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, em Loures, seguindo para a St. Julian’s School, em Carcavelos, onde os professores cedo lhe reconheceram o talento para a pintura.


Saiba mais


Pintura corporal em brincadeiras infantis


Como forma de inclusão ou aceitação, o pai poderia ter aproveitado para dizer que, o que eles fizeram, já foi feito por Ives Klein...claro, cabendo aos moleques a desmontagem da obra...kkkkk


http://arteref.com/pintura/6-tecnicas-fantasticas-de-pintura-sem-o-uso-de-pinceis/


https://www.facebook.com/TheReplayShow/videos/205016380313746/?hc_ref=ARS4vXz9PSqmWemzcPeoZkMspIqcjziAZzM7EjmDOcOODczPVdJNfMcJNbHYNLFbipk

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A história dos carrosséis na pintura

Os mágicos carrosséis.
São fascinantes e coloridos.
Despertam curiosidade e a vontade
de ser criança novamente.

"Carrossel no Carnaval" - Linda Mears
Pintora norte americana contemporânea


Música: "Carrossel Parte 1" - Markus Strubbe
Compositor contemporâneo




carrossel, do francês "carrousel", é um brinquedo próprio de parque de diversões constituído de uma grande peça circular que, girando em torno de um eixo vertical, tem em suas extremidades figuras de madeira ou de outro material, como cavalos, aviões, cadeiras, etc., que servem de assento.



Carrossel - Origem

"Carrossel é m brinquedo próprio de parques de diversões constituído  tradicionalmente por cavalos (que se movem para cima e para baixo, simulando o galope do animal real, mas também com outros animais, carros, motos, aviões ou mesmo simples cadeiras.
Em suas origens o nome significava “pequena batalha”, definindo uma brincadeira que servia como exercício de preparação para combates praticada por cavaleiros turcos e árabes no século XII, posteriormente copiada pelos cruzados durante a Idade Média.
A representação mais antiga conhecida de um carrossel, porém, está em um baixo-relevo bizantino, datado de cerca de 500 dC, que mostra pessoas em cestas suspensas a partir de um poste central.
Até 1861, quando surgiu o primeiro carrossel nos “moldes atuais”, movido a vapor, os carrosséis eram movidos por tração animal ou humana, sem plataformas, com os cavalos de madeira pendurados por cordas ou correntes que saiam do chão graças à força centrífuga."
Fonte: http://www.hotzone.com.br/blog/kiddies-rides/carrossel/




Os Antigos Carrosséis que Sobrevivem ao Tempo

"Carrossel no Parque" - Andre Gisson
Pintor norte americano (1921-2003)

domingo, 15 de maio de 2016

A pintura de Frida Kahlo

Que dúvida que se abateu sobre mim agora...é que ao procurar a página de spin pintora encontrei apenas a versão masculina: spin pintor....se bem que talvez não seja necessário os dois gêneros, pois ai teríamos de ter os trans...aliás, onde colocaria a voz de ney matogrosso, no spin cantor ou cantora...de forma que não se faz necessário,,..além do fato de que o blogger me avisou que já tenho muitos blogs e que eu teria que criar novos mas em nova conta de email...chega...

.......................xxxxxxxxxxxxxxxxxxx.............................



Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul (A Casa Azul), em Coyoacán, uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México. Biógrafos verificaram que seu pai Guillermo Kahlo era de família luterana alemã. Quando chegou no México, ainda muito novo (19 anos de idade) trocou seu nome alemão Wilhelm para o equivalente em espanhol, 'Guillermo'.  A mãe de Frida, Matilde Calderón y Gonzalez, era uma católica devota de origem indígena e espanhola.
A vida de Frida Kahlo foi marcada por doenças e um acidente grave. Ainda criança contraiu poliomelite que a deixou com uma lesão no pé direito.  Isto provavelmente foi um dos motivos de adotar o uso de longas saias, um hábito que se tornou uma marca pessoal da artista.
Em 1925, com 18 anos de idade, sofreu um acidente grave que mudou completamente sua vida. Um choque entre o bonde em que viajava e um trem causou-lhe uma perfuração nas costas atravessando a pélvis. Tal acidente a fez usar coletes ortopédicos durante muitos anos. Foi submetida a diversas cirurgias e sua recuperação durou um  longo tempo. Foi durante esta época que Frida começou a pintar inicialmente com um cavalete adaptado à cama.
Em 1929 casou-se com Diego Rivera e sua obra então fimou-se ainda mais como uma expressão da identidade nacionalista mexicana, adotando temas do folclore e da arte popular do México.
Em sua produção pode-se perceber uma expressão de suas dores pessoais, elementos intrinsicamente relacionados à sua vida pessoal.  Quando a classificaram como uma pintora  surrealista, ela respondeu dizendo: "Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade."
Frida Kahlo
Frida Kahlo
Frida Kahlo
Frida Kahlo
Frida Kahlo

sábado, 2 de abril de 2011

Carta de Gustave Courbet aos Artistas da Comuna de Paris

Auto-retrato, Gustave Courbet

Desde 18 de março comemoramos os 140 Anos da Comuna de Paris (que durou de 18 de março a 28 de maio de 1871). O pintor francês Gustave Courbet, que teve um papel muito importante nesse acontecimento, foi quem assumiu o comando da Federação dos Artistas da França, nos dias da Comuna. Em uma carta, reproduzida abaixo, ele alerta para a necessidade da união dos artistas, assim como chama a atenção para os espiões alemães anti-Comuna.


Gustave Courbet era um jovem pintor de origem camponesa, nascido em Ornans, interior da França. Como tantos, foi para Paris para fazer carreira artística, lá chegando em 1839, quando a cidade vivia momentos de efervescência política, social e artística. Círculos de ativistas políticos de esquerda, artistas e intelectuais enchiam os cafés de Paris. Courbet frequentava o grupo do poeta Charles Baudelaire e dos filósofos Proudhon e Marc Trapadoux, entre outros. Reuniam-se até altas horas da noite, onde elaboravam suas teorias que posteriormente se transformavam em artigos de jornal, ou em panfletos, ou em obras de arte.
Courbet, socialista, partilhava com seus contemporâneos a crença de que a arte podia ser uma força social. Seu ciclo de amigos desprezava os valores burgueses e defendia valores novos para uma sociedade nova, aliando-se, com isso, aos apelos do povo francês por mudanças profundas numa França que vivia um período de muita miséria.

Mas o governo revolucionário da Comuna de Paris foi derrotado, após um verdadeiro banho de sangue nas ruas de Paris. Courbet foi preso, julgado e sentenciado, assim como dezenas de outros, entre os quais destaco, em especial, a militante socialista (e amiga do escritor Vitor Hugo, que lhe dedicou um poema), Louise Michel, uma das líderes da Comuna de Paris.

Gustave Courbet, após a prisão e perseguições de toda ordem, exilou-se na Suíça em 1873, onde morreu em 31 de dezembro de 1877. Esta é a Carta aos Artistas de Paris, originalmente publicada em “Le Rappel”, em 19 de março de 1871:

Paris, 18 de março de 1871

Meus queridos companheiros artistas,

Vocês me deram a honra, em sua reunião, de me indicar seu presidente. Eu os estou convocando aqui, em nome do comitê que foi designado a auxiliar-me, para reportar-lhes sobre nossas fiscalizações e nossas ações. Aproveitaremos também esse encontro para apresentar diversas idéias que surgiram durante o exercício de nossas atividades, em uma proposta para uma nova reorganização da Administração das Belas Artes, que tem como objetivo promover a Exposição e os interesses das artes e dos artistas.

As administrações anteriores que governaram a França quase destruíram a arte sob sua proteção, ao suprimir sua espontaneidade. Essa abordagem feudal, sustentada por um governo despótico e discricionário, não produziu nada além de arte aristocrática e teocrática, justamente o oposto das tendências modernas, de nossas necessidades, de nossa filosofia, e da revelação do homem manifestando sua individualidade e sua independência física e moral. Hoje, numa época em que a democracia deve reger todas as coisas, seria ilógico a arte, que conduz o mundo, ficar para trás na revolução que está ocorrendo agora na França.

Para alcançar esse objetivo, discutiremos em uma assembléia de artistas os planos, projetos e idéias que nos serão submetidos, no intuito de realizar uma nova reorganização da arte e de seus interesses materiais.

Não há dúvidas que o governo não deve tomar a dianteira em questões públicas, pois não é capaz de carregar em seu interior o espírito de uma nação; consequentemente, qualquer proteção será em si mesma prejudicial. As academias e o Instituto, que apenas promovem a arte convencional e banal, para que sejam julgados por seus integrantes, opõem-se necessária e sistematicamente a novas criações da mente humana e infligem a morte de mártires em todos os homens inventivos e talentosos, em detrimento de uma nação e para a glória de uma tradição e doutrina estéreis.

Vejam, por exemplo, o caso deplorável da École des Beaux-Arts, favorecida e subsidiada pelo governo. Essa escola não apenas desvia nossos jovens, mas nos priva da arte francesa, com suas finas procedências, favorecendo, sobretudo, a tradição túrgida e religiosa italiana, que vai de encontro ao espírito da nossa nação. Essas condições podem apenas perpetuar a arte pela arte e a produção de trabalhos estéreis, sem caráter ou convicção, enquanto nos privam de nossa própria história e espírito sem qualquer compensação.

Portanto, para tomarmos decisões sobre bases mais racionais e mais adequadas aos nossos interesses comuns, no intuito de abolir os privilégios, as falsas distinções que estabelecem entre nós hierarquias perniciosas e ilusórias, é desejável que os artistas (como nas províncias e em todos os países vizinhos) definam seu próprio curso. Deixe que eles determinem como farão as exposições; deixe que definam a composição dos comitês; deixe que obtenham o local onde será a próxima exposição. Isso pode ser resolvido até 15 de maio, pois é urgente que todos os franceses comecem a ajudar o país a se salvar de um imenso cataclismo.
É impossível que qualquer artista não tenha um ou dois trabalhos que ainda não tenham sido exibidos. Para os demais, chamaremos artistas estrangeiros. Excluiremos, certamente, os artistas alemães, mesmo que isso seja contrário aos princípios da descentralização e solidariedade. Mas os alemães, após terem se beneficiado de aquisições francesas e comissões por tanto tempo sem reciprocidade, nos obrigam, por sua traição e espionagem, a tomar tal atitude nesse momento.

O local de encontro será anunciado em breve, bem com o as propostas a serem submetidas aos artistas.

Saudações fraternais,

G. Courbet

Fonte: Blog da Mazé Leite
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=150797&id_secao=11